Sindicatos venezuelanos denunciam à OIT perseguição a funcionários que votaram em Capriles

(Internacional - EBC)


Bogotá - Sindicatos de trabalhadores venezuelanos apresentaram nesta segunda-feira (22), perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma denúncia contra o governo do país por perseguições laborais a funcionários que votaram no candidato opositor Henrique Capriles, derrotado nas eleições do último 14 de abril pelo presidente Nicolás Maduro. 

Entre as entidades sindicais estão o Sindicato Único Nacional de Empregados Públicos da Corporação Venezuelana de Guayana (Sunep-CVG) e o Sindicato Único de Trabalhadores da Industria Siderúrgica. Empresas estatais como a Petróleos de Venezuela (PDSVA), Companhia Anônima Nacional de Telefones, Petroquímica e a Corporação Elétrica Nacional também denunciaram casos de perseguição. 

O documento enviado pelo secretário-geral do Sunep-CVG, Juan Gómez, denuncia que autoridades e dirigentes de sindicatos ligados ao governo despediram trabalhadores que não apoiaram Nicolás Maduro nas últimas eleições presidenciais. Segundo o sindicato, a demissão de funcionários "rebeldes" foi chamada pelo governo de "operação limpeza".

"Isso vai contra o Convênio nº 111 da OIT, que proíbe a discriminação laboral e sindical por razões políticas e também vai contra a Constituição da República da Venezuela", diz o documento apresentado à organização. 

O pedido foi encaminhado ao diretor-geral da OIT, Guy Ryder. O sindicato pediu a "atuação urgente para evitar novas ações inconstitucionais sinalizadas pelo setor público nacional". 

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