Quarentena vertical: os primeiros passos para a volta da normalidade

Após quase duas semanas de quarentena radical, com quase dois milhões de desempregados, incertezas de futuro, é hora de retomar a rotina, aos poucos, mantendo os devidos cuidados sanitários.

Foto: Manoel Messias de Souza - Panoramio (Creative Commons)

Nesta segunda-feira, dia 30, o Brasil, aos poucos, começa a se mobilizar para voltar a normalidade, após período difícil de quarentena radical. Seguindo as novas determinações do Ministério da Saúde, com base com o que está dando certo em países como Japão e Holanda, aos poucos, as fortes restrições a circulação de pessoas estão sendo suspensas.

Essa retomada se faz necessária, devido aos graves problemas humanitários que o período de radicalidade gerou, com um crescente número de desempregados, uma imensa quantidade de empresas entrando em recuperação judicial ou fechando as portas, bem como uma rápida e drástica recessão; e a necessidade de recuperar as finanças nacionais para que se possa continuar no combate massivo ao corona vírus.

A solução inicial encontrada foi a Quarentena Vertical (isolamento vertical), estratégia adotada com sucesso em alguns países pelo mundo; bem como a adoção de novos protocolos de tratamento médico para os casos graves confirmados, com o uso primário da Hidroxicloroquina, reduzindo o ciclo viral para no máximo 7 dias (ante os 14 dias modais).


O que é a quarentena vertical?

O isolamento vertical, também conhecido como quarentena vertical, é um método que consiste no confinamento total de pessoas que fazem parte do grupo de risco, bem como aqueles cujos quais não conseguem cercear sua convivência com os grupos de risco, enquanto os demais retomam suas atividades aos poucos, mantendo cuidados essenciais e preventivos, dentre eles a higiene, impedimento de aglomerações e etc, todavia, sem impedir a retomada gradual das atividades sociais, necessárias para o bem estar da população, e economia do país.

Veja o que diz o Ministro da Saúde sobre a quarentena radical



Por que é necessário flexibilizar a quarentena?

Porque nosso país estava quebrando, e nossa população iria enfrentar severas dificuldades, com a volta da miséria, ampliação da pobreza, desemprego e falta de recursos, que impactariam diretamente serviços básicos como a saúde, educação, segurança, e tudo mais que envolve o bem estar social. E com o agravamento destas condições, os prejuízos humanitários seriam significativamente maiores do que o corona vírus pode gerar, levando-nos a uma grande depressão, com elevação das taxas de mortalidade, seja por questões sociais, seja por questões de saúde (com o retorno de doenças já extintas e assim por diante). Veja abaixo a opinião do renomado Médico Toxicologista Anthony Wong, sobre a necessidade de mudaros rumos da quarentena:


Com a volta de boa parte da população ao trabalho, a nossa economia voltará a girar, a União, os Estados e os Municípios voltarão a arrecadar recursos, e poderão ampliar as politicas sociais e sanitárias para contornar o crescimento do vírus.


Economistas afirmam que o Brasil não tem recursos para lidar com essa parada. Isso é verdade?

Sim. O Brasil é um país que recém estava saindo de uma severa crise econômica, que nos atingiu em cheio durante os 2013 a 2016, que culminou numa forte recessão econômica, que gerou desempregos, pobreza e dificuldades econômicas e sociais, e somente nos últimos três anos que começamos a trilhar um caminho lento, porém evolutivo para a geração de empregos e renda. Nos últimos dois anos estávamos recuperando o pleno emprego, com sucessivos aumentos das atividades econômicas, todavia, ainda não havia sido o suficiente, uma vez que os rombos financeiros e déficit encontrados, especialmente ampliados pela massiva corrupção ocorrida nos últimos vinte anos, ainda serem muito altos.


Como iniciou o COVID-19 no Brasil?

Entramos nessa crise global causada pelo COVID-19, que se originou na China (ao final de 2019), em março de 2020, devido o país asiático não ter tomado os devidos cuidados sanitários para que sua população não fosse para fora do seu país, especialmente durante as comemorações do Ano Novo Chinês (onde sua população costumeiramente viaja pelo mundo), e com isso, acabaram espalhando a doença por todo mundo. As infecções espalhadas pelo Brasil originaram-se essencialmente da Europa, através de brasileiros em retorno de férias, bem como a vinda de turistas para curtirem o nosso verão.

Entenda como começou o contágio do COVID-19



Por que voltar ao trabalho?

Para que você e sua família tenham condições de sobreviver, para que outras famílias consigam obter renda e sobreviverem, e para que o país consiga voltar a crescer e nos dar condições sociais melhores. É questão de manutenção da vida, uma vez que, o trabalho afasta a pobreza, e assim doenças, em especial as mais graves que o COVID-19.

Trabalhador buscando sobreviver na crise.
Foto: Redes Sociais

Por que não temer o Corona Vírus?

O COVID-19 é um vírus de baixa letalidade em vias gerais, e de baixo risco as pessoas que não fazem parte do grupo de risco. Seu índice de letalidade é inferior a 5% dos atingidos, sendo que a maior parte dos óbitos restritos aos pacientes dos grupos de risco que possuem outras comorbidades (doenças prévias). Eis a importância da manutenção da quarentena vertical, que preserva os grupos de risco, minimizando a ocorrência de novos óbitos. Hoje já temos opções de tratamento que estão apresentando alta eficácia, reduzindo o tempo de duração e os efeitos causados pelo vírus, bem como agora possuímos novas estruturas hospitalares provisórias em todas as capitais e grandes cidades para o atendimento direcionado ao tratamento desta enfermidade, em caso de necessidade, bem como o Governo Federal (juntamente com todos os Ministérios), segue atento as evoluções do vírus, adotando as medidas necessárias para o controle da expansão do vírus, bem como medidas para mitigar seus efeitos na sociedade.


Matéria: Dimithri Vargas
   
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