Atuação de Moro como Ministro: de começo promissor a final decadente

O Ex Ministro da Justiça e Segurança teve uma estréia arrebatadora, mas trajetória fraca e insipiente, culminando numa saída desonrosa.


O então "Super Ministro" Sérgio Moro foi do apogeu a queda, em sua saída do Ministério da Justiça e Segurança. Marcado por atuação que se enfraqueceu a cada dia, Moro infelizmente não soube lidar com seu papel de Ministro, e não soube aceitar a hierarquia que se impõe num Governo, onde o Presidente é o Chefe Maior.

Por vaidade, Moro desistiu de ser Ministro, uma vez que o Presidente, dentro da atribuição de seu cargo, decidiu trocar o Diretor Geral da Polícia Federal, que vinha apresentando um rendimento bem abaixo do esperado para o seu cargo, ao deixar de cumprir a Constituição Federal, não executando corretamente e/ou deixando de executar as obrigações que lhe eram conferidas.

Com seu ego ferido, Moro se demitiu, mas não deixou barato: convocou uma coletiva de imprensa de última hora, e proferiu uma série de distorções de fatos, promovendo o caos institucional, levando o Presidente a se manifestar publicamente sobre o atitude de seu ex aliado.


Diferenças entre Moro e Bolsonaro eram latentes


Moro desde o início de sua atuação discordava do Presidente Bolsonaro em temas chave para o Governo, como a política de rearmamento, cuja qual Moro (desarmamentista) sempre foi contra.

O então Ministro também cerceava o Presidente da República de informações básicas sobre o andamento das atividades da Polícia Federal, informações estas que são de direito do Chefe Maior da Nação, com a falsa premissa de que seria uma forma de manter a autonomia da instituição policial. Bolsonaro sempre questionou isto, uma vez que, volta e meia vinha a saber de fatos através da mídia e não de sua equipe, o que atentava diretamente contra os direitos e prerrogativas que seu cargo possui. Bolsonaro também criticava o incorreto andamento das investigações sobre a tentativa de assassinato que sofreu, bem como a falta de atuação do Ministério da Justiça e da Polícia Federal a respeito do descumprimento da Constituição por alguns dos Governos Estaduais e Municipais durante a pandemia. Moro, adepto do "Fica em Casa", em oposição ao Governo, ignorava a Constituição Federal e não tomava nenhuma atitude que lhe caberia como Ministro, quiçá ordenava investigações por parte da Polícia Federal, sobre os abusos cometidos por governos locais contra a população brasileira.

Descontente, ontem, Bolsonaro procurou o então Diretor Geral Maurício Valeixo e o então Ministro da Justiça, e os informou que a situação estava insustentável, uma vez que não tinha suas demandas legais devidamente atendidas. Moro demonstrou descontentamento com o fato, enquanto o Diretor Geral, diante desta explanação, optou por solicitar exoneração, o que foi devidamente atendido pelo Presidente. Insatisfeito, Moro decidiu sair, mas não sem antes atacar as instituições republicanas, da qual ele até então fazia parte.

Em sua saída, Moro deixou claro que não estava ao lado do Governo ao qual fazia parte, nem ao lado da população, mas sim, ao lado de seus amigos de toga (como o Governador Witzel), e seus amigos políticos (em especial João Dória e outros elementos do PSDB, DEM e PSL).


Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Divulgação
 

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