China infla vendas de carros chineses através de esquema onde registram carros novos de exportação, como vendidos no mercado doméstico
Prática de emplacar veículos novos zero quilômetro na China antes de exportá-los para diversos países, incluindo ao Brasil, distorce estatísticas de vendas.
Uma investigação da Reuters revelou que a indústria automotiva chinesa possivelmente tem inflado artificialmente seus números de vendas ao registrar carros novos como "vendas domésticas" na China antes de exportá-los como veículos zero quilômetro para mercados como Rússia, Ásia Central, Oriente Médio e o Brasil, e também como usados para mercados africanos e asiáticos. Esse suposto esquema permite que montadoras chinesas aumentem os números de vendas domésticas, enquanto escoam estoques excedentes que seriam difíceis de vender no mercado local.
No processo, carros novos, que nunca foram utilizados, seriam registrados na China como vendidos localmente, contabilizando nas estatísticas domésticas de vendas. Esses mesmos veículos posteriormente seriam então exportados como zero quilômetro para países como Russia e o Brasil, onde novamente acabam registrados em rankings de vendas, como carros novos. Assim, um único veículo é contabilizado em dois rankings distintos: como "vendido no mercado interno" na China e como "novo" no Brasil, inflando artificialmente as estatísticas globais de vendas das marcas chinesas. Outra prática comum é revender estoques mais antigos de veiculos nunca utilizados armazenados por alguns anos, emplacados na China, mas que devido ao ano, acabam sendo vendidos como carros usados para países africanos e asiáticos que não possuem restrições de compra de carros usados.
A prática, supostamente apoiada por pelo menos 20 administrações locais chinesas, como Guangdong e Sichuan, seria usada para atingir metas econômicas impostas por Pequim. Como os exportadores compram e vendem cada carro, o valor da transação é duplicado, contribuindo para distorcer as estatísticas do PIB chinês.
No Brasil, que proíbe a importação de carros usados com menos de 30 anos, esses veículos chegam como zero quilômetro, cumprindo as regulamentações, mas a prática levanta questões sobre a transparência do mercado automotivo. A estratégia compromete a credibilidade dos dados de vendas dos carros chineses e pode enganar investidores que confiam em números inflados.
A estratégia apontada indica que a indústria automotiva da China estaria permitindo que a produção exceda a demanda, alimentando a prolongada guerra de preços doméstica e provocando acusações de "dumping" automotivo nos mercados internacionais, assim como mascara que a demanda global por veículos chineses pode ser menor do que as estatísticas indicam.
Edição: Dimithri Vargas
Utilizado recursos de inteligência artificial para a melhoria da qualidade da tradução da matéria original.
Uma investigação da Reuters revelou que a indústria automotiva chinesa possivelmente tem inflado artificialmente seus números de vendas ao registrar carros novos como "vendas domésticas" na China antes de exportá-los como veículos zero quilômetro para mercados como Rússia, Ásia Central, Oriente Médio e o Brasil, e também como usados para mercados africanos e asiáticos. Esse suposto esquema permite que montadoras chinesas aumentem os números de vendas domésticas, enquanto escoam estoques excedentes que seriam difíceis de vender no mercado local.
No processo, carros novos, que nunca foram utilizados, seriam registrados na China como vendidos localmente, contabilizando nas estatísticas domésticas de vendas. Esses mesmos veículos posteriormente seriam então exportados como zero quilômetro para países como Russia e o Brasil, onde novamente acabam registrados em rankings de vendas, como carros novos. Assim, um único veículo é contabilizado em dois rankings distintos: como "vendido no mercado interno" na China e como "novo" no Brasil, inflando artificialmente as estatísticas globais de vendas das marcas chinesas. Outra prática comum é revender estoques mais antigos de veiculos nunca utilizados armazenados por alguns anos, emplacados na China, mas que devido ao ano, acabam sendo vendidos como carros usados para países africanos e asiáticos que não possuem restrições de compra de carros usados.
A prática, supostamente apoiada por pelo menos 20 administrações locais chinesas, como Guangdong e Sichuan, seria usada para atingir metas econômicas impostas por Pequim. Como os exportadores compram e vendem cada carro, o valor da transação é duplicado, contribuindo para distorcer as estatísticas do PIB chinês.
No Brasil, que proíbe a importação de carros usados com menos de 30 anos, esses veículos chegam como zero quilômetro, cumprindo as regulamentações, mas a prática levanta questões sobre a transparência do mercado automotivo. A estratégia compromete a credibilidade dos dados de vendas dos carros chineses e pode enganar investidores que confiam em números inflados.
A estratégia apontada indica que a indústria automotiva da China estaria permitindo que a produção exceda a demanda, alimentando a prolongada guerra de preços doméstica e provocando acusações de "dumping" automotivo nos mercados internacionais, assim como mascara que a demanda global por veículos chineses pode ser menor do que as estatísticas indicam.
Edição: Dimithri Vargas
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