Investimentos em startups seguem em alta no Brasil

Pesquisa mostra que 73,9% das pessoas físicas que costumam aplicar neste tipo de empresa manterão investimentos e 8% devem aumentar valores.


Os investimentos em startups continuam em alta no Brasil, conforme aponta pesquisa realizada pela Efund, e nem a elevação da taxa de juros está sendo um impeditivo para os investidores pessoas físicas buscarem oportunidades entre as startups disponíveis no mercado. A maioria, 73,9%, pretende manter os valores aportados em 2021 e outros 8% vão ampliar os investimentos. É o que mostra o mais recente levantamento realizado pela plataforma de investimentos em startups, entre os dias 23 e 29 de junho, que entrevistou 880 investidores de startups no estágio pré-seed e seed.

Na divisão por valores, 76% dos investidores que costuma aportar mais de R$ 20 mil, pretendem manter os aportes feitos em 2021. Outros 20% irão reduzir e 4% ampliar. Dentre os que costumam colocar entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, 79% pretendem manter, 14% reduzir e 7% aumentar. Já os investidores de menor porte (até R$ 10 mil) pretendem manter (67%) ou aumentar (33%) os valores colocados em startups.


“Os dados quantificam uma tendência que já vínhamos observando no mercado: os investidores de maior porte estão mais criteriosos ao escolher as startups, mas ainda há apetite para aplicações. Já aqueles que investem pequenas quantidades de recursos não mudaram o seu comportamento e permanecem buscando unicórnios”, diz Igor Romeiro, sócio da Efund.

Apesar da conjuntura desfavorável de inflação elevada e juros mais altos, além do cenário eleitoral que provoca um maior conservadorismo, os investidores não deixaram de buscar boas ideias. “Importante ressaltar, que dinheiro ainda têm, mas é preciso ponderar que o investidor está muito mais cuidadoso ao decidir abrir e colocar seu dinheiro. Se o empreendedor quiser captar alguma rodada, terá que mostrar valor em sua startup com crescimento de receita, aumento de clientes e busca do ponto de equilíbrio ou lucratividade”, afirma.

No ano passado, 34,1% dos entrevistados aportaram, em média, entre R$ 20 mil e R$ 50 mil por rodada em startups. Outros 22,7% investiram mais de R$ 50 mil. O público que investiu menos de R$ 20 mil corresponde a 37,5% do total e somente 5,7% dos entrevistados não realizou aporte algum.


Dentre os investidores que pretendem colocar recursos em startups nesse ano, a maioria deve concentrar seus aportes entre uma e três empresas (61,4%). Uma concentração maior que em 2021, quando 54,5% dos investidores afirmaram terem aplicado em até três empresas. Os que preferem diversificar investindo em mais de quatro negócios, incluindo os anteriores, somam 38,6% em 2022 e 37,5% em 2021.


Para os investidores que pretendem buscar oportunidades no mercado, Romeiro recomenda dar atenção para startups que possuem crescimento financeiro e na base de clientes. “É preciso entender qual é a estratégia usada para aumentar base de clientes. Olhar se o histórico do CAC (Custo de Aquisição de Cliente) está se mantendo ou diminuindo e se o histórico do LTV (Lifetime Value - estimativa da receita média que um cliente irá gerar ao longo de sua vida como cliente) se mantém ou está aumentando, também é muito importante”, diz.



Matéria: Compliance



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